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Quem sou eu e por que estou aqui

Lembro-me de ter travado a minha primeira batalha com um papel em branco por volta dos 8 anos. O desafio era escrever uma poesia para o Dia das Mães. O pânico deu lugar a uma genuína alegria quando, enfim, pus o ponto final. Começava ali uma guerra de secessão. O objetivo era retirar de minha infinita vontade de escrever a poderosa angústia que me assolava diante de uma página sem letrinhas. Essa história já dura quase quatro décadas. Desde então, escrever, para mim, é um forte embate. Paixão e medo; ânimo e lamento; vitória e sofrimento. Escrever é meu infinitivo.

 

A decisão pelo jornalismo foi natural. Julgava que a inspiração oriunda da realidade e a possibilidade de ouvir o outro permitiriam a alguém como eu estar num lugar de conforto para contar histórias. Essa tentativa de armistício revelou-se uma armadilha. Como, depois de conhecer tantas pessoas incríveis e presenciar fatos inacreditáveis, a minha imaginação poderia inventar algo extraordinário, que atraísse as pessoas para a leitura? Não sei; continuo não sabendo.

 

O jornalismo é um açoite, uma surra diária, um aprendizado cheio de esforço e resignação. É assim na redação de um jornal diário e impresso. O bicho que me picou inoculou um veneno que não tem antídoto: o ferrão da realidade me levou a outros caminhos, longe da ficção. E, suspeito, continua a me levar. Não escrevi um livro (ainda). Mas contei muitas histórias e ajudei a tornar públicas tantas outras.

 

Deixei a redação do Correio Braziliense, meu único emprego por 22 anos, em abril de 2017, sem plano B para chamar de A. O que o porvir me reserva? Não sei. O empreendedorismo tem piscado para mim. O desemprego me revelou surpresas, me apresentou um bocado de coisas interessantes e também me pôs num lugar de angústia, onde sei que tenho muitas e muitas companhias.

 

Criei o blog Não basta abrir a janela para dividir alegrias e tristezas de um processo de autoconhecimento que ganha novos capítulos com a busca por um novo projeto de vida. Também para compartilhar a palavra escrita, a forma de expressão que, acredito, melhor me define, me mostra e me resguarda – assim mesmo, bem contraditório.

 

No mais, minha minibiografia... Sou cearense, apaixonada por Brasília, onde moro desde os 4 anos; formada em jornalismo pela UnB; filha de Sara e Antônio; irmã de Michelle, Patrícia e Felipe; casada com Luís Tajes, meu terceiro marido e o amor da minha vida; mãe orgulhosa de Fernanda,Tomás e Paula. Tenho dois enteados, Taís e Gabriel. E um bocado de sobrinhos que amo.

 

Das outras coisas de que gosto? Ouvir histórias; ficar em casa; viajar; comer bem; reunir a família; decoração e design; ler bons livros; praia e sol; friozinho; cores; gentileza; poucos e bons amigos; cães; velas; madeira; verde; música brasileira; jazz; café; o oculto; maquiagem; o que remete ao passado (estética retrô); o que remete ao futuro (o pensamento lá adiante).

Quer falar comigo?

A jornalista Cristine Gentil em diversos destinos de viagem
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